O fenómeno parece ter uma razão de ser. Na verdade, parece ter várias. Em linhas gerais, nós temos uma memória para guardar objetos e outra para armazenar a informação de como esses objetos estão dispostos. A primeira funciona muito bem, mas a segunda nem por isso.
Então, imagine a seguinte situação: entrou num sítio com objetos novos dispostos de forma similar a alguma que já viu antes. É neste exato momento que os nossos dois tipos de memórias nos confundem e temos a sensação de que é uma situação familiar, lê-se no e-Konomista.
A fisiologia, área de estudo da biologia, que é responsável por analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos, diz que o déjà vu está relacionado com a troca de informações entre o sistema consciente e o sistema inconsciente.
Quando os dois sistemas não comunicam acertadamente entre si, acontece um atraso na saída da informação do inconsciente para o consciente. Este “curto-circuito” do cérebro faz com que tenhamos a estranha sensação de já ter visto aquela situação acontecer, pode ler-se.
Os cientistas admitem: a sensação é mágica, mas não tem nada de única. Estudos feitos na Europa e nos EUA mostram que até dois terços das pessoas tiveram déjà vu pelo menos uma vez na vida. Ainda assim, tão presente e recorrente, é um assunto complicado para a ciência. E a razão é simples: como recriar um déjà vu para estudá-lo?