Ele morreu-me nos braços”: Mãe vê vizinho matar filho a tiro…

Ele morreu-me nos braços”: Mãe vê vizinho matar filho a tiro em
André Moreira, de 37 anos, e o irmão Flávio, de 26, tinham acabado de chegar à rua onde moravam em Areias, Carrazeda de Ansiães, quando foram atacados a tiro por um vizinho, de 76 anos. André morreu no local e o irmão ficou em estado grave. A mãe das vítimas, Maria Estela, 54 anos, assistiu a tudo. Desmaiou e teve de ser transportada para o hospital.
O atirador refugiou-se em casa, mas, na precipitação da fuga, caiu tendo ficado ferido. Foi detido entretanto. Para além da pistola usada, a GNR apreendeu também uma caçadeira.
Na origem do ataque poderá estar uma disputa por terrenos. Vizinhos porta com porta, o atirador e as vítimas estariam de relações cortadas. Domingo à hora de almoço, André tinha acabado de chegar do campo e Flávio regressava do trabalho, na Águas de Carrazeda de Ansiães (onde estava de piquete). O filho do homicida terá acusado André de passar com um trator num terreno deles, o que a vítima negou. Em silêncio, o homicida ter-se-á aproximado, sacou da pistola que teria no bolso e disparou à queima-roupa, atingindo André no abdómen. De seguida, fez outro disparo na direção de Flávio, deixando-o ferido.

Segundo os vizinhos, a mãe das vítimas “ia chamar os filhos para almoçar” precisamente no momento do ataque. Os seus gritos alertaram os moradores. Um deles diz que ainda correu na direção de André na tentativa de o reanimar: “Tentei tudo mas ele morreu-me nos braços”.
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A população classifica o agressor como pessoa conflituosa. “Tem poucos amigos na aldeia. Não fala com ninguém”, conta José Lopes, morador, ao lembrar que “os dois rapazes se davam com toda a gente”.
Alguns contam que já há uns anos, o idoso terá disparado sobre outro morador, não chegando a cumprir pena de prisão. Já o filho terá sido detido no ano passado por atear fogo nas proximidades da aldeia.
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População em choque e família com apoio psicológico
A população de Areias ficou em choque com o ataque, que ocorreu à hora de almoço. Na altura, os habitantes estavam em casa e foram alertados pelos gritos de familiares das vítimas. “Ouvi o povo a gritar e a chorar”, conta José Lopes. A família está a receber apoio psicológico.
Judiciária recolheu vestígios
Após o ataque, o atirador foi detido pela GNR, que o entregou à Polícia Judiciária, a quem compete a investigação dos crimes de homicídio. No local estiveram inspetores a recolher vestígios.
Helicóptero acionado
O helicóptero do INEM ainda foi acionado para fazer o transporte do homem de 37 anos. No entanto, a vítima não resistiu e o óbito foi declarado no local.

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